Disfarce da alma

Não é justo

o que estou fazendo comigo

Entregando-me a um amor superficial

Apreciando somente o momento

Embora crucial.

Em meu abrigo

deixo meus sentimentos

No travesseiro

aprisiono meu pranto

Enquanto a noite

me convida aos seus encantos...

No corpo

os desejos reprimidos

No coração

um sonho esquecido

E na alma

um amor emudecido...

Na lentidão do tempo

pensamentos confusos se dispersam

Me apresenta a

um falso sentimento

Junto à sanidade que se perde

entre um copo e outro.

Fecho meus olhos

apreciando o momento

Mesmo sendo eles

momentos de desenganos

Falsos sorrisos

euforia

Falsidades da alma

pura utopia.

Regressando ao meu abrigo

Com as portas abertas

e um sorriso

Disfarçada de saudade e vazio

me recebe à melancolia...

Dizendo-me com pura ironia:

Bem-vinda de volta minha amiga!

Silvana Silva poetisa
Enviado por Silvana Silva poetisa em 03/12/2022
Código do texto: T7663981
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