Disfarce da alma
Não é justo
o que estou fazendo comigo
Entregando-me a um amor superficial
Apreciando somente o momento
Embora crucial.
Em meu abrigo
deixo meus sentimentos
No travesseiro
aprisiono meu pranto
Enquanto a noite
me convida aos seus encantos...
No corpo
os desejos reprimidos
No coração
um sonho esquecido
E na alma
um amor emudecido...
Na lentidão do tempo
pensamentos confusos se dispersam
Me apresenta a
um falso sentimento
Junto à sanidade que se perde
entre um copo e outro.
Fecho meus olhos
apreciando o momento
Mesmo sendo eles
momentos de desenganos
Falsos sorrisos
euforia
Falsidades da alma
pura utopia.
Regressando ao meu abrigo
Com as portas abertas
e um sorriso
Disfarçada de saudade e vazio
me recebe à melancolia...
Dizendo-me com pura ironia:
Bem-vinda de volta minha amiga!