Fique...
Lembro-me que sua necessidade de mim
Tornou-se a essência de todo o meu infinito,
Enquanto as sombras das mãos desenhavam nas paredes.
Ainda tenho na boca o sabor intenso dos seus beijos.
Lembranças de um amor profundo que não teme o despertar,
Que permanece abraçado por palavras,
Enlaça histórias eternas num pequeno gole de vida.
Mas então chega o amanhecer,
No circo sem rede, sem proteção para ausência,
Sem garantia alguma,
Nem risos para colorir algo que não quero viver neste dia.
Fique...
O medo me aflige,
Ouvir você dizer adeus me aterroriza.
Fique, por mais uma estação, ou duas.
Não quero mais me alimentar de lembranças
De um velho amor outonal,
Te peço, fique!