Encanto de almas
Não tenho esperança de encontrá-lo nesta vida...
Eu até tento me iludir
me enganar...
Mas tudo é tão claro
tão evidente...
O destino como sempre
entrelaçando com suas correntes...
Tento me afastar das lembranças de outrora
Assim como folhas mortas
varridas no quintal da minha memória...
Buscando em outros braços
em outros olhares...
O que de fato
Só encontro em sua alma.
Tento persuadir a saudade
Confundindo-a com a face da felicidade...
Mas tudo é tão incerto
Tão vago...
Meus pensamentos passeam encadeados
Encontrando com os sentimentos mórbidos
Que por ora
se perdem no silêncio.
Um silêncio eloquente
Que martiriza
sufoca
Ao mesmo tempo que seduz e acalenta...
Anestesiando os sofrimentos à pobre alma esquecida
Que então se perde nesse vazio...
No vazio
de uma alma confinada e triste.
Minha voz um tanto embargada
O coração impregnado de mágoas...
E o amor
tentando fechar as feridas
Experienciando
esses sonhos
Que por ora se encontram
imobilizados...
Sensibilizados pelo tempo
ou pela própria magia dos sentimentos.