(IN)FELIZ
Na vida, penso que sei
O que é mais importante.
Será o acaso um rei
Eterno bafejante?
O segredo, sem temor
Mostrou-mo o universo
Clama por mim este amor
Num instante perverso
Vivo agora balouçante
Na dúvida, trancada
Será ventura calmante
Ou pérfida derrocada? …
Treme-me o coração,
Neste calor abrasante
Saberá ele da paixão
Do meu estado inebriante?
Enlevada mas sombria…
Como o mundo é adverso
Sustenho-me na idolatria
A chorar o eterno verso
Sinto-me tão feliz…
Descobri-me apaixonada,
E completamente infeliz…
Afinal não tenho nada!