Prosa Sem Verso
Não quero achar qualquer espécie
de céu para além do que já encontrei.
Sou fruto da árvore e
pertenço a um céu de luzes e mel
que faz milagres em mim.
Milagres que sozinho
eu não faço mais !
Por isso, preciso desse céu
porque minha vida partiu de si
e foi em busca de morar nele.
Agora, trazer a vida pra mim,
toda de volta é lapidarmente
não é mais possível.
Se voltar, volta murcha
e pela metade...
Morreu dentro da poesia
enquanto eu escrevia o verso.
Corro atrás dela,
mudo de lado,
sinto a dor
e me pendo em direção
desta calçada de amores
vou cheio de vãos
aflito, descompassado
em busca de anjos alados.
E os encontrei...
Espíritos de luz,
mergulhados em ânsias,
carentes de amores
solitários de ansiedades.
E todos procuram a mesma coisa
e todos nada encontrando
dentro da vida
que é Prosa e Poesia.
Sem verso.