Sangue da Terra
No sangue da terra nada meu amor por ti,
a púrpura de vida flui suavemente
de minhas veias para as tuas,
nutrindo tua vida, entregando
meu próprio corpo como teu habitat,
como tua morada eterna,
morada de milagre,
milagre que sou eu,
teu pequeno milagre de amor.
No sangue da terra nada a paixão,
enfurecida, raivosa, bombástica
e ao mesmo tempo em sua intensidade
que abraça forte, prende em suspiros,
dói, uma dor latejante, cortante,
e por fim como bálsamo entrega o suor
de todas as fases das estações,
a névoa orvalhada e feliz que acalenta,
faz remanso de águas serenadas
e faz a paz de braços de amar.