Eu te encontro na poesia do vento,

vejo teu olhar me espiando

por entre as brechas do tempo.

 

Teus olhos em mim

me desafiando

a me entregar a mim mesma,

sendo o que sou,

sem medo de mim

ou de meus pra dentro

explicitados num poema

ou numa esquina da vida

onde você esteja

para dançar comigo

e me fazer sorrir e feliz.

Estou aqui agora amor,

estou aqui...

e se me enrosco em ti

neste momento da noite

em que a lua não está

e a chuva foi embora

depois de ter molhado

minha roupa,

estou aqui agora amor...

estou aqui....

estou... aqui...

estou aqui...

 

Voei numa nave para um lugar distante, 
vi um mundo que você já viu tantas vezes. 
Não me reconheci entre os prédios e janelas 
daquele jardim de cimento e pedra. 

 

Eu te encontro na poesia do vento 
que sopra por entre as pedras que caem do céu 
como folhas secas das árvores no outono. 


Te encontro perto, colado ao meu corpo, 
como um botão de luz 
que me acende lamparinas interiores 
e aquece do frio que vivia minha alma 
antes de você, antes de te conhecer.

 

Sou poema em tuas mãos, 
sou sonho de aniz 
que você planta em teu dia 
e que floresce para embriagar 
de ternuras e paixão o teu dia.