Amor ambivalente
Não consigo mais suportar
Tu, por um lado, tratas de me exortar
Com teus seios tépidos
Ao mesmo tempo que me tiras o ar
Com teus braços gélidos
Dedos azuis me comprimem a garganta
Enquanto olhos cálidos
Me hipnotizam e encantam
Teu abraço me traz para perto
Ao passo que sou repelido
Ele é aconchegante, confesso
Mas também empedernido
Já estamos nessa há tempo suficiente
Mas o fim não se avizinha
Caminho entorpecido e resiliente
Para se engalfinhar nas tuas vinhas
Uma vez mais e tantas outras (...)