Estou aqui...

Só palavras...  

E com meu coração

que bate rápido...

só te ver,

de ouvir tua voz,

ah, Meu Deus!

Tais tão lindo

assim, de lado, 

 

E o silêncio

que fala tanto

do imenso amor

que toma minha alma.

 

Na caixinha

um beijo ladrão,

daqueles

que roubam

sentimentos. 

 

Tenho uma sombra

que brilha e resplande luz

ao redor de si.

 

Um líquen

que queria

colher agora

com minhas mãos de fada.

 

Te ver caminhar tão rápido,

quase agarrei... ia ser lindo...

todos olhando.

Que espanto!

 

Que faz uma monja

com um homem

que só pensa em diabruras?

Claro que eu nunca ia contar que sou eu

que as crio para você... 

 

E o senhor da montanha

saiu da caverna

só pra espalhar seu perfume

e agora estou aqui...

quase me afogando

nesse cheiro bom...

 

Tão feliz de te ver...

continua o mesmo...

separando tu de tu...

que coisa... 

Isso eu ainda preciso aprender.

 

É essas coisas

da álgebra da vida

que não entendo.

 

Que um tal

de Marcos Cipriano

me falou

Citou uma 

tal de álgebra linear

e suas aplicações

 

Deu vontade de falar:

aplica em mim...

Mas, se gritasse...

iria a mesa desarrumar... 

 

Você já recebeu

um abraço hoje?

Eu já disse hoje

que te amo? Não?

Não acreditooooo

 

Tá bom, pode me condenar

Pago prenda mais

pro fim de semana... juro...

 

Também trouxe

um canto em minha boca, 

que num beijo queria entregar

Mas você só tem nada a me oferecer

E eu aceito!

Pra mim o nada é tudo. 

Eu poderia trocar,

dar meu nada pra você

enquanto recebo o teu... 

 

Não fique triste, entrego

o beijo em outro momento

mais pro fim de semana... 

 

Falta pouco...

vou voar, sabes?

E meu Sol vai me esperar, sábias?

Com um coração na mão

de tanto ansiedade...

E o meu está batendo até o dedo do pé...

 

Tá um silêncio aqui... 

Quase parou meu coração

no caminho entre o peito e a ponta do pé...

 

Eu precisava tanto desse tempo.

Saber você tão perto, tão junto.

A alma fica embevecida, encabulada.

A cor bronzeada do rosto é embaraço... 

 

Viu como é difícil ficar sem voz?

Sem se saber ouvido, só sentido?

Eu já fui até aí e pousei meu beijo em você,

todo lindo de penas azuis. 

 

Fiquei encabulada de lhe falar,

Sou tímida que fazer?

Não sou perfeita... 

 

Mas, amanhã, te toco

fico acarinhando tua perna...

não vou te deixar em paz.

Viro fada de terror

e vou distribuir

enigmas e diabruras...

Por isso o barulho

se eu vir luz

na tua janela...

eu vou lá... 

 

e fico...