Ausência
Sem amor,
Meu próprio sangue se torna um peso para as veias,
Até o ar em meus pulmões explode dentro de mim.
Me vejo assim...
Afundando a cara dentro do peito.
Enquanto meus pensamentos reverberam
Como gritos das tropas nas trincheiras do coração.
E eu aqui...
Vivendo neste vácuo, suportando sua ausência
Perdido como gato, vagando pelas ruas
Disfarçando o desgaste aparente da solidão
Que aprisiona e mantém cativa alma e o coração deste poeta.
Seu vulto como a noite, desce sobre mim,
E daquela imagem ao lado do meu travesseiro
Que antes eu cingia, como prêmio da vida nos meus braços
Só restam as doces lembranças.