Ausência

Sem amor,

Meu próprio sangue se torna um peso para as veias,

Até o ar em meus pulmões explode dentro de mim.

Me vejo assim...

Afundando a cara dentro do peito.

Enquanto meus pensamentos reverberam

Como gritos das tropas nas trincheiras do coração.

E eu aqui...

Vivendo neste vácuo, suportando sua ausência

Perdido como gato, vagando pelas ruas

Disfarçando o desgaste aparente da solidão

Que aprisiona e mantém cativa alma e o coração deste poeta.

Seu vulto como a noite, desce sobre mim,

E daquela imagem ao lado do meu travesseiro

Que antes eu cingia, como prêmio da vida nos meus braços

Só restam as doces lembranças.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 21/11/2022
Reeditado em 21/11/2022
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