Dar-me aos amigos de verdade!

Naquela praia vi o sol amanhecer,

Esperando-te no sitio combinado,

Era teu amante ou teu namorado,

Estava quase a adormecer e tu sem aparecer.

Estranhamente não sentia o cansaço,

Não sei bem o porquê mas sentia-me enganado,

A brisa vinda do mar me punha acordado,

Na esperança de ainda ser teu amante, teu namorado.

Mas nada sentia, aliás sentia-me mal-humorado,

Sentia a minha cabeça pesada,

Meu coração, estava a dar ares de cansado,

Afinal que fora feito da minha amada?

Estará doente minha dor se torna cada vez mais atroz,

Me dêem um sinal por mau que seja por favor,

Mereço saber o que é feito do meu amor,

Minha amante meu amor que é feito de vós.

Passaram meses anos de pura agonia,

Agora ninguém me reconhecia,

Magríssimo de barba comprida,

Já nem eu próprio sabia o queria.

Nem da praia me lembrava jamais,

Foi um pescador que contou o sucedido,

Melhor assim desse amor não lembro mais,

Assim como do acontecido.

Comecei a dar valor à verdadeira amizade,

Abri-me para a vida sentia-me a isso obrigado,

Dar-me por inteiro aos amigos de verdade,

Tão depressa desejo ser amante ou namorado.

Autoria: A. Manuel de Campos

Alberto M de Campos
Enviado por Alberto M de Campos em 05/12/2007
Código do texto: T765439
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