Onde estará o castelão
És a castelã desse castelo,
Onde estará o castelão,
Foi bater-se em duelo,
Deixando-o sem guarnição.
À castelã defendi-lhe o castelo,
Dado não haver guarnição,
Amei servir ser tão belo,
Como amei seu coração.
Lutei contra ladrões
Fiz poemas à minha bela,
Colhi flores ao gosto dela,
Por ela realizei mil acções
Fiz de bobo e trovador,
Converti-me à sua religião,
Eu queria seu amor,
Desejava seu coração.
Eis que chega o castelão,
Senhor da minha amada,
Fiquei reduzido a quase nada,
Restou o sentimento de solidão.
Sonhar com a mulher do meu coração,
Esse ser imensamente belo,
Abandonei esse estranho castelo,
Vivi sonhando a minha ilusão.
Autoria: A. Manuel de Campos