Não somos criados para sofrer a dor do amor.

Ela nos entontece, nos faz tortos e só há cura

se colamos nossa face em outra e isso não é ocasional.

É amor de duas medidas e um copo

que pode ser sorvido sem hora marcada,

sem ter de se esconder em mezaninos e trilhas de cotias.

 

Sempre haverão saudades dos que partiram,

dos que não estão mais aqui,

dos que se afastaram ou deles nos afastamos.

Sempre haverá uma bruta saudade

de um Sol e de uma Flor de brotos e botões de luzes.

 

É quando a dor é acalentada por braços de amor,

enaltece a cor e desaba de surpresa aos pés,

bem próximo, a uma grota luminosa de luzes.