Quando o oceano navega
em direção da terra as suas águas
nunca sabe que tipo de praia vai encontrar.
São de fato dois mundos totalmente
dispersos de si mesmos que se encontram
e se acham em seus olhares,
em seus pra dentro, no momento perfeito
entre o ir e vir das ondas que beijam a terra
com suas mãos macias e carregadas de vida.
São dois corpos equidistantes
apenas ao olhar dos que não sabem
que são parte um do outro,
que são duas metades do mundo
que agora se encontraram
em momentos como nunca tiveram,
de conversa, de diálogo de almas,
de toque de voz e poema dentro do coração.
É a perfeição da procura e do encontro
que só acontece com quem se conhece
de fato e se reconhece, profundamente, no outro.
Lágrimas de alegria, risos,
olhares que se falam sem nada dizer...
olhares que exprimem o existir e a paixão
que acende e reacende a alma
tudo que ela é a cada dia,
a cada encontro que não basta mais
para falar do ardor que a consome
e da ânsia de mais e mais viver
a infinitude desse amor...