Assim

Te vi na folha verde da árvore

que, gloriosa, se estende à minha frente

como que a dizer que sabe

que estás aqui comigo,

me falando pelas melodias.

 

Te vejo nas folhas secas caídas ao chão

que se abrigam em si, em si...

eu sou você, você sou eu...

se abrigam em si... que é você...

no teu calor que percorre cada nota

e perpassa minha alma

num acender e apagar de luzes

que me traz a mensagem de tua reciprocidade,

do nosso amor de ontem,

do nosso amor de hoje... de hoje...

de nem sempre, de amanhã...

de amanhã... de amanhã...

nosso amor... de amanhã... de amanhã...

 

Nosso amor que é eterno,

é eterno...

minhas mãos tremem...

 

Eu te amo.

Eu te quero e você sabe...

não vai partir... de mim...

 

Nem a água mais doce,

nem o rio mais calmo,

nem a neve que cai mansa

vai fazer passar a dor do fogo

que temos em nós mesmos...

que sinto em mim...

que faz tremer minhas mãos...

arrepiar a pele...

 

minhas mãos tremem...

em ti...

 

Você ainda sabe que te amo?

Você ainda lembra

das primeiras palavras?

De sua queda por mim?

E com medo de

ter entendido certo...

sem saber o que fazer...

sem saber lidar...

fugi... fugi... briguei...

 

Sempre te amei.

Eu te amo

 

Amor, nosso amor é de longa data,

é milagre que sobreviveu ao tempo,

é magia é eternidade.

 

Quando te toco como agora,

com meus olhos,

com minha alma,

com todo meu ser...

toda eu... assim, assim... assim..

vem me abraçar... vem...

te toco assim, com meus olhos...

com minhas mãos toco

em ti minha poesia...

sinta! Sinta! Sinta!

 

Com meus olhos te chamo,

com meus olhos te digo

que meu coração bate forte...

meu coração acelera...

vai saltar em ti...

assim,

assim...