O BANQUETE
Meu paladar te procura, quer degustar tuas doçuras
Necessita o nutrir de teus lábios, e a seiva que neles produz
Nunca provou tal sabor, dele não há sequer nas alturas
É o fruto que gera a paixão, o adubo do amor com sua luz!
Meu corpo tem fome de ti, sonha te banquetear
Perde-se na dúvida que atiça as chamas desse teu apego
Debilita-se em absoluto, se prescindido desse teu manjar
Meu corpo devora teus lábios e colhe em teus beijos sossêgo!
Quero pratos decorados por teu olhar, quero vinho de tua boca
Ser o ébrio do amor, que despenca rendido em tua mesa
Ainda que migalhas de tua alma, quero essa fome louca
Pois repleto de ti, sou suprido do pão de mais rara beleza!