In Feliz

In feliz sou eu que tenho o nada

e o princípio das vestes dos vivos,

que paramento o morto

para que possa a eternidade viver.

 

Amo e quero o contrário

e o avesso do princípio ao fim.

 

Sou mulher de amar,

a máquina

o sabor da fruta,

de costas, de frente,

de perfil, não importa o lado,

se de cima ou debaixo,

importa poder amar.

 

Também sou mulher de conflito,

que deseja o obediente

e o aflito por amar.

 

Por isso, digo e repito:

neste dia em que aflita

o morto, vamos juntos,

vivos, ficar.