CANTO
Vento, brisa, sopro do mar tempestuoso
Dos cânticos, odes, rumores
Dos segredos sussurrados, dos ardores,
Do flerte intocado do teu beijo, aéreo, vaporoso
Poderão teus braços rarefeitos
Onde dançam solitárias as petúnias
E sonham poetas, em ideias lúminas
Alcançar, na Casa dos Eleitos...
A mão daquela que enrubesce a rosa
E rindo, impiedosa,
Mistura o canto ao Teu?
Traz para mim vento, o perfume
E se puderes suportar a dor do ciúme
Traga dela esse canto, que um dia sonhou Orfeu!