CANTO

Vento, brisa, sopro do mar tempestuoso

Dos cânticos, odes, rumores

Dos segredos sussurrados, dos ardores,

Do flerte intocado do teu beijo, aéreo, vaporoso

Poderão teus braços rarefeitos

Onde dançam solitárias as petúnias

E sonham poetas, em ideias lúminas

Alcançar, na Casa dos Eleitos...

A mão daquela que enrubesce a rosa

E rindo, impiedosa,

Mistura o canto ao Teu?

Traz para mim vento, o perfume

E se puderes suportar a dor do ciúme

Traga dela esse canto, que um dia sonhou Orfeu!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 04/11/2022
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