REFLEXO

Galhos, ramos, ramagem

Vistosos, sedutores, imponentes

Braços estendidos ao céu, mãos carentes

Tocadas e osculadas pelo frio da aragem

Deixai que a luz de prata possa banhar

Aquela que caminha levando consigo

Maltratados, os meus sonhos... Porém, mil vezes bendigo

A beleza do rubi, ofertada em seu olhar!

Culpado, por ti clamei! E ao abrir o postigo

Sorrias para mim, entre a benção e o castigo...

Mas se tudo foi um sonho, trazendo a alvorada o adeus

Rompe sol! Desperta meu corpo que delira

Me diz se é verdade ou mentira

Se os olhos dela algum dia, se refletiram nos meus!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 03/11/2022
Reeditado em 03/11/2022
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