REFLEXO
Galhos, ramos, ramagem
Vistosos, sedutores, imponentes
Braços estendidos ao céu, mãos carentes
Tocadas e osculadas pelo frio da aragem
Deixai que a luz de prata possa banhar
Aquela que caminha levando consigo
Maltratados, os meus sonhos... Porém, mil vezes bendigo
A beleza do rubi, ofertada em seu olhar!
Culpado, por ti clamei! E ao abrir o postigo
Sorrias para mim, entre a benção e o castigo...
Mas se tudo foi um sonho, trazendo a alvorada o adeus
Rompe sol! Desperta meu corpo que delira
Me diz se é verdade ou mentira
Se os olhos dela algum dia, se refletiram nos meus!