TUAS MÃOS
Abrem os ramos, as figueiras e os ciprestes
Ao sentir na terra os teus passos
Lembrando outrora os abraços
E teus olhos azul-celestes
Pudesse as árvores chorar a dor
O lenitivo a uma saudade
Dos carinhos e afagos de tua mocidade
E das palavras derramadas na linguagem do amor...
Foi tua mão que ao sol nascente
No alvor, plantou a semente
Que cresceu tendo o sol e o teu sorriso
E hoje tu voltaste, pelas saudades que padecem
Os corações que amam e nunca esquecem
Reunidos em grande festa, que fez inveja a Dioniso!
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Observação
1 - Dioniso segundo a mitologia grega é o deus das festanças e do vinho
2 – O texto se refere ao amor da menina pelas árvores plantadas por ela, e vice-versa (pudesse, claro, as árvores amar...)