Refém do teu coração
Refém do teu coração,
Já sou sem o querer,
E tu sem o saber,
Me tens à tua disposição.
Preso sem ser julgado,
Inocente sem poder provar,
Na prisão estou sem me queixar,
Cumpro pena por ter amado,
Venero-te com adoração,
Aqui estou minha amada,
Nesta cela bem fechada,
Prisioneiro do teu coração.
Fechei-me dentro dela,
Ninguém me pode tirar,
As chaves as dei ao mar,
Só eu sei sair da cela.
Quantos tempo aqui estarei,
Mil anos podem passar
Como prova de te amar!
Por te amar teu refém serei.
Autoria: A. Manuel de Campos