FULGOR

Fiz do céu o alento

E das estrelas, o olhar que não tinha

Teu toque terno, o senti no vento

E o gosto doce o busquei na vinha!

Imagina, se podes, o fulgor

Que nunca teve a safira e o rubi

E como é forte e vil o ardor

Aos olhos que pela impiedade, sucumbi!

Advinha, nas águas rasas

Quantas faces lavaram as mágoas

Reféns do mesmo jugo que vivi!

Toca Afrodite a lira

Tomada pelo rancor e pela ira

Desviando os olhares de Apolo, por ciúmes de ti!

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Observação

1 – Apolo e Afrodite são dois dentre os muitos deuses do Olimpo, segundo a mitologia grega

2 – A palavra “vinha” no texto, faz referência às uvas doces do vinhedo

André da Costa
Enviado por André da Costa em 01/11/2022
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