NOITE

Noite! Turmalina negra!

Triste é a tua despedida

O alvor para a alma seduzida

No sonho a uma deusa grega!

À primeira réstia, sinto o sol fulgir

E fitando à janela

Inda vejo a Noite - que por mim duela,

Pungida de meu sonho, que finda ao partir!

Não direi a meu coração que é mentira!

Direi que era teu o dedilhar da lira

Sonhar com as estrelas é ter nenhuma ao seu lado!

Mas Noite! Se só em teu regaço

Se só a vejo na bruma do teu abraço

Inda assim vem... Junto a ela de braço dado!

Observação

“Ela” no final do texto se refere à pessoa com a qual o homem sonhava, e que a "Noite" sempre lhe trazia, em seus sonhos

André da Costa
Enviado por André da Costa em 01/11/2022
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