NOITE
Noite! Turmalina negra!
Triste é a tua despedida
O alvor para a alma seduzida
No sonho a uma deusa grega!
À primeira réstia, sinto o sol fulgir
E fitando à janela
Inda vejo a Noite - que por mim duela,
Pungida de meu sonho, que finda ao partir!
Não direi a meu coração que é mentira!
Direi que era teu o dedilhar da lira
Sonhar com as estrelas é ter nenhuma ao seu lado!
Mas Noite! Se só em teu regaço
Se só a vejo na bruma do teu abraço
Inda assim vem... Junto a ela de braço dado!
Observação
“Ela” no final do texto se refere à pessoa com a qual o homem sonhava, e que a "Noite" sempre lhe trazia, em seus sonhos