FLAMA

A luz onde me inebrio

Não fulge da safira ou do rubi

A gema que ornava a ti

Nunca fora a causa do desvario

Não tombavam os corações

Pelo ouro ou pela prata

Se mesmo os deuses sentiram da dor ingrata

Ao fazer de teus olhos os grilhões!

O fulgor das joias já não me ofusca

O olhar dos homens já não as busca

Preteridas no Templo de Afrodite

Oro, ante ao busto de mármore esculpido

E junto às juras de meu coração vencido

Rogo que a flama da deusa em ti ressuscite!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 31/10/2022
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