FLAMA
A luz onde me inebrio
Não fulge da safira ou do rubi
A gema que ornava a ti
Nunca fora a causa do desvario
Não tombavam os corações
Pelo ouro ou pela prata
Se mesmo os deuses sentiram da dor ingrata
Ao fazer de teus olhos os grilhões!
O fulgor das joias já não me ofusca
O olhar dos homens já não as busca
Preteridas no Templo de Afrodite
Oro, ante ao busto de mármore esculpido
E junto às juras de meu coração vencido
Rogo que a flama da deusa em ti ressuscite!