O PRANTO DE AFRODITE

Altivo, alcançou teu olhar o céu

E uma voz, suave tom da lira

Tocou Afrodite, que pelos deuses suspira

Velando sua dor sob o véu!

Apolo, Hermes, Ares

Seus olhares já não a buscam

A flama que arde lhes ofuscam

Qual cítara soa além dos teus cantares?

Teu busto marmóreo erigido

Única testemunha do pranto dorido

Calaram-se dos homens, os clamores...

Foste tu, que na vereda das impiedades

Tombaste a teus pés, Apolo, Hermes e Hades

No flerte impudico dos pecadores!

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Observação

1 - O texto tenta retratar, ainda que muito precariamente, uma mulher mortal (humana) que ousou roubar de Afrodite o amor dos deuses!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 30/10/2022
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