O PRANTO DE AFRODITE
Altivo, alcançou teu olhar o céu
E uma voz, suave tom da lira
Tocou Afrodite, que pelos deuses suspira
Velando sua dor sob o véu!
Apolo, Hermes, Ares
Seus olhares já não a buscam
A flama que arde lhes ofuscam
Qual cítara soa além dos teus cantares?
Teu busto marmóreo erigido
Única testemunha do pranto dorido
Calaram-se dos homens, os clamores...
Foste tu, que na vereda das impiedades
Tombaste a teus pés, Apolo, Hermes e Hades
No flerte impudico dos pecadores!
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Observação
1 - O texto tenta retratar, ainda que muito precariamente, uma mulher mortal (humana) que ousou roubar de Afrodite o amor dos deuses!