Nem grão, nem morrer, nem germinar.
São coisas que meu pensamento não abarca
Não dá conta
Coisas que giram
Que parecem injustas, mas não são
Que quando são boas são boas
Mas quando são ruins são ruins
Uma confusão de momentos doces e conversas açucaradas, mas que amargam logo depois que entram em contato com o ar
Amargam, porque na verdade não existem mesmo. E mesmo que existam, são só o que o outro moldou, sozinho, sem as minhas mãos.
Eu quero exatamente aquilo que o outro tem pra me dar, nada além. Menti.
Eu entendo exatamente aquilo que o outro tem pra me dar, mas quero mais. Quero mais como quem é um dragão e vê a jóia mais brilhante do mundo pousar nos teus olhos, mas tem que se contentar apenas em rir e respirar devagar, contar uma piada, estar por perto. Esperando um nada que não é nem grão, nem é morrer, nem germinar.
Os momentos bons me mantém perto, os ruins só são ruins pra mim. Melhor que seja assim, tem que ser, tem que ser porque as coisas que me doem não precisam doer no outro também.