O encantamento do afeto.

Se pudesse caminhar pelas as ruas daquela cidade, se escutasse no infinito um grande trovão, saberia entender o cor do universo.

Refletiria o movimento dialético das nuvens, o sentido metafísico do vosso olhar, o apofântico mundo das proposições.

A hilética propositiva do seu caminho, você compreenderia o meu inefável sorriso.

Iria poder decifrar a luz de hidrogênio, o brilho dos lábios da menina preferida, entenderia a razão do entardecer, o motivo pelo qual a madrugada contém o despertar da sonolência.

Você a nova luz de hidrogênio, a exuberância do sol, o esplendor das estrelas bailando no infinito, você o encantamento do meu sonho de mulher.

A contemplação metafisicada dos meus desejos.

Se voltasse andar pelas calçadas da cidade escolhida, enxergaria o vosso cabelo bonito, a cor da sua pele, o silêncio desencadeado pela sua cognição.

Então, chegaria bem perto de ti, sopraria em seus ouvidos, revelaria o meu Éskhatos, cantaria para a sua pessoa, a mais linda canção.

Transubstanciaria o meu ser em seu ser, ofertaria a você o encantamento da minha ternura, revelaria o meu grande segredo, pediria para você ser o fundamento da minha existência.

Tudo porque amo a vossa pessoa.

Com efeito, daria em você um saboroso beijo apolínio, com sapiência assertórica, conquistaria o seu coração.

Ainda diria no silêncio da vossa episteme, a mais profunda etimologização, a sua pessoa compreenderia a minha hermenêutica.

Portanto, os sinais da nova exegese.

O meu desejo indelével de ser o vosso substrato, esperaria a noite chegar olhando para o céu, vendo as estrelas brincando, construiria um paraíso para a sua celestialidade.

Esperaria a vossa pessoa passar pelas as ruas daquela cidade, para poder sonhar a complacência do seu encantamento, você iria refletir os sinais dos meus lábios, a doçura inefável do meu grande sonho.

Simplesmente você seria o meu templo sagrado, a sua intimidade o meu culto contínuo, a essência da minha contemplação permanente.

Ideal de mulher, serapicidade dos meus sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 29/10/2022
Reeditado em 29/10/2022
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