POR DETRÁS DO VÉU
O vento levantou o véu por detrás
Do teu rosto,
O céu prometeu mandar a brisa sem
Brilhar o sol entre as nuvens envaidecidas.
Não havia revolta para o tempo e nem
Tempestades que soprassem mais forte!
O dia entristeceu por se acostumar
Com a luminosidade das águas,
Os beijos nas montanhas moram nas
Alturas, abismos e profundidades.
Os pássaros que voam altos saúdam
As harmonias da natureza,
Os pés que marcam as areias não
Ficam por muitos dias!
Sereno ruge as ondas devagarinho
No interior da imensidade,
Escuta o cantar das rochas, gemidos
Entre o medo, frios e calamidades.
O peixe iscado sobre a rede
Desprendeu-se do anzol de náilon,
O mar encheu-se num instante a maré
Cheia sem o som de uma viola!
Escondi-me da noite intensa sem
Perceber que estava amando,
Não havia raios nem escuridão
Silenciando esse pranto.
Isso é coisa de cinema... O filme acabar...
E no final de cena você voltar chorando!