TEATRO
Naquele cruzar de olhos
O tempo parou
O pranto secou
E o manto negro caiu
A cortina fechou
Acabou o espetáculo
Sem plateia e sem aplausos
O homem sai com sua bagagem
Do alto da janela os olhos femininos
Protagonizam o último ato...
Marejados de dor e saudade
Vislumbra ao fundo da rua
A silhueta curvada sumir na escuridão
O vento frio , solidão ...
E o barulho intermitente dos carros
Encerram o espetáculo...
Se tivessem ensaiado ao menos um monólogo
E o outro se permitisse ouvir
Talvez coubesse uma plateia ao cenario.
O show poderia ter tido outro fim .