TEATRO

Naquele cruzar de olhos

O tempo parou

O pranto secou

E o manto negro caiu

A cortina fechou

Acabou o espetáculo

Sem plateia e sem aplausos

O homem sai com sua bagagem

Do alto da janela os olhos femininos

Protagonizam o último ato...

Marejados de dor e saudade

Vislumbra ao fundo da rua

A silhueta curvada sumir na escuridão

O vento frio , solidão ...

E o barulho intermitente dos carros

Encerram o espetáculo...

Se tivessem ensaiado ao menos um monólogo

E o outro se permitisse ouvir

Talvez coubesse uma plateia ao cenario.

O show poderia ter tido outro fim .

Martins júnior
Enviado por Martins júnior em 26/10/2022
Reeditado em 26/10/2022
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