Realmente Era
Neguei que fosse paraíso
Mas teu cheiro dava pistas,
Seus olhos doces coloriam,
Suas mãos forjavam fatos...
Não pensei que fosse tempo
Mas acontecia o momento
Precipitando, ao que parecia,
Promessas desmembradas
Mostrando vísceras de alegria...
Sorri como se a vida
Fosse algo palpável, dócil
Tomei fôlego, gosto , força
Gritei aos quatro ventos,
Dei provas , pichei paredes
Com anagramas de teu nome
Em igrejas, bordeis e conventos
Cruzei os dedos vendi ao demo
Minhalma pobre por um vintém
Pra ter com ela instante ou prece
Gozo que fosse de qualquer espécie