FILHA DE JEZABEL

FILHA DE JEZABEL

Montes altivos, berço dos campônios

Cumes nimbados de alvores sempiternos

Contemplavam teus cimos os olhos ternos

Olhos que tombavam Israelitas e Sidônios!

A teus pés regozijavam, ufanos

Pelos olhares candentes, profanos

E se perdiam em juras à Filha de Jezabel...

E hoje, num flerte em uníssona trova

Faço de teu regaço minha alcova

Sorvo do vinho, e sem querer renego o céu!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 24/10/2022
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