UMA LÁGRIMA VERTIDA
UMA LÁGRIMA VERTIDA
Cintilantes, luzentes, de rútilas gemas
De pedras, metais, orbes perdidos
Lúmen dos olhos por vezes doridos
Mareados, em graças supremas!
Infindos, impassíveis, suspensos astros
Alheios à bem-aventurança...
Como lhes invejava a silenciosa dança
Quando Teus olhos se perdiam nos domínios vastos
Rogo, como o pedido à Estrela Cadente
Que inesperada desponta, clemente
À profusa súplica jamais ouvida...
Que seja à hora do pôr do sol
No esplendor rubro d´um arrebol
Tua mão a enxugar a lágrima vertida!