UMA LÁGRIMA VERTIDA

UMA LÁGRIMA VERTIDA

Cintilantes, luzentes, de rútilas gemas

De pedras, metais, orbes perdidos

Lúmen dos olhos por vezes doridos

Mareados, em graças supremas!

Infindos, impassíveis, suspensos astros

Alheios à bem-aventurança...

Como lhes invejava a silenciosa dança

Quando Teus olhos se perdiam nos domínios vastos

Rogo, como o pedido à Estrela Cadente

Que inesperada desponta, clemente

À profusa súplica jamais ouvida...

Que seja à hora do pôr do sol

No esplendor rubro d´um arrebol

Tua mão a enxugar a lágrima vertida!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 23/10/2022
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