Persefone

Perséfone

Rainha da primavera

Lábios da cor de romã

Kore, doce menina

Presa por sua mãe nos jardins

Encontra sua liberdade no mundo inferior

O Deus dos mortos se inebria com seu suave aroma de lírios

e se extasia com sua beleza divina

O feitiço de seus olhos de obsidiana coloca até o mais poderoso Deus a sua mercê

Ceder ao desejo de tê-lo seria seu maior pecado

Mas como as chamas do tártaro

sua pele arde quando ele a toca

Ela faria qualquer coisa para que ele pronunciasse seu nome novamente

Como um sussuro ao vento

Enfrentaria a ira de Deméter

Impiedosa deusa da colheita

Sua mãe que desaba na tristeza de sua intocável flor nas profundezas do submundo

As ninfas jamais se esqueceriam do tamanho ódio de sua deusa

Mas não sabe ela que o destino é uma entidade tão poderosa quanto os titãs

Tecendo a vida dos mortais e imortais

Unindo dois corações para eternidade