SÁBIO POETA

Ser poeta do árido deserto

Da caatinga e da floresta

Do cerrado ou da montanha

Da mata silvestre ou do sertão.

 

Da queda-d'água entre rochedo

Feito uma cascata sem direção

Da correnteza do riacho cheio

E das folhas secas pelo chão.

 

Do pôr do sol no horizonte

Da alta maré da meia noite

Da chuva fina sobre o telhado

E da lua cheia na escuridão.

 

Do marinheiro em alto mar

Da estrela guia na imensidão

Do pássaro triste na madrugada

Da namorada alegre no portão.

 

Sou então, um sábio poeta

Cantor apaixonado na multidão

Que leva amor por entre as flores

Um lírio da paz sob o azul do céu.