Ana
retira dos dedos os anéis
como quem descansa uma espada
como quem é ou quer ser ou vai ser ou vai querer ser
uma espada
Repousa como quem pousa
quem pousa pousa
pousa como quem repousa.
descança e dança e anda
descançaedançaeanda
desançedançaeana
d=açaedançaan
=/ae87an]an
=/a!a];n
e vai e fica e está e não está e é e não é
e não não é
e não não não é
e É
e ∃
e .
ponto. o ponto e a ponta
a ponta o ponto aponta
o ponto. o poeta
erra.
quem erra, erra
quem erra, era.
quem era Erro?
quem erra?
Ana.
os anos de Ana osanosdeanas
os anos de anas ana ama
Durante anos, Ana amou uma mesma e única pessoa, com o fogo, o calor, a paixão e a dor dignas de um amor de juventude. Amou, lutou e perdeu. Pedro morreu. Passam os anos e Ana não esquece, ama como se vivesse, como se vinhesse. Passam os anos e Ana ama, espera, cansa. Ana retira os anéis como quem descansa uma espada, espera, para. Se Pedro não vem, Ana vai.
Ana, jamais.
Nunca, Ama.
Nunca mais.