Inesperada

Donde tombas perante os olhares, ó Poente

Vem calma, pacífica e amena

Inesperada como o beijo de Atena

Súbita, como o abraço que envolve silente...

Deixai teus passos na areia!

E não se atreva o Vento

Cobrir teus traços e rir de meu lamento

Nos anelos infindos da alma que anseia!

Preveniram-me... Os Herdeiros do Firmamento

Diminutos corações – Mas jamais de ardores isento

Olvidaram o cerúleo infindo ao teu semblante...

Houvesse lido ao menos os pergaminhos...

Escutado as juras de Orfeu, afogadas em vinhos

Saberia da valsa perigosa, que tomba o coração errante!

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Observação

1 - “Poente” no texto se refere ao sol

2 - “Herdeiros do Firmamento” se refere aos pássaros

3 - “cerúleo infindo” se refere ao céu, firmamento

André da Costa
Enviado por André da Costa em 20/10/2022
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