Salinas
Salinas
Joaninha, quase sempre esquecida,
Não passa despercebida.
E no oposto de seu ventre,
A nossa visão sente,
Uma alma colorida.
Cigarra, do escuro, me acordou.
Com o seu canto,
Um riso em pranto,
Onde estavas revelou,
O futuro que começou.
Já a lagartixa se esparrama sem querer.
E uma aranha tece tramas ao esquecer:
-Que viver é bom,
Mais do que um dom
Uma chance para o amor.
No calor
A ventania tem o seu sabor.
A visão tranquila percorre a abóboda celestial.
No nascer, morrer do sol,
Olhando meu farol,
Sentindo do mar o sal.
Esse que só tem gosto se for provado.
E o esbranquiçado
Chão,
Não
Se sabe se é salgado:
-Ate se provar,
Na boca experimentar.
A pele e a ilusão de um engano.
Ao brincar
E se afogar
no oceano.