Máscaras
Quando você disse não...
Com tamanha maestria
Ficou cego pelo orgulho,
Atingindo com um golpe certeiro,
Um coração que só o bem lhe queria.
Foi capaz de tirar a máscara,
Daquela que se escondia,
Não por ser farsante ...Grande ironia!
A amante e amiga que o colo lhe oferecia,
Temia, mais do tudo, o engano e
Desnudar-se mostrando as marcas da vida,
Alargando mais a sua ferida.
Surpresa, com o coração sangrando,
Sangue que escorria pelas mãos. O peito apertava com desatino!
Como louca pedindo a todos que por ali passavam:
- Tirem a máscara dele também, por favor!
Pois atrás dela está o homem, o menino e o poeta,
Que me ensinou a escrever sobre o amor.
Seguindo pela estrada afora...Insana a se perguntar:
-O que vou fazer agora? Ele só me ensinou a amar...
Quem terá compaixão desta mendiga aos pés do poeta?
A quem endeusou como a um profeta,
Deixando entrar em sua mente e em seu corpo passear!
Cansada de tanto sofrer,
Arranca do peito o sentimento em um golpe fatal,
E começa então a esquecer.
Aquele sentimento que lhe fez tanto mal.
Hoje... Hoje mais nada.
Não existe vencedor nem vencido.
Apenas mais uma história sem um belo final,
Pois bonita seria, se o orgulho não transformasse
O amor num sentimento banal!
Hoje... Apenas um verso na folha da vida esquecido.