PARA TEU OLHAR
Para teu olhar
Eu teria me virado sem perceber
Entre as alamedas cobertas
Na dor que me sufoca sem me ter
E tu
Sem enxergar
Me encontraria
Num momento de colapso e Indecisão
Para tua vista acurada
O toque na tez
Que aprofunda o sentido e a visão
Na tua vista, o tribunal
Meu corpo, réu
Castigo e sentença final
Agrilhoado
Sem ter culpa, nem álibi
Frente a comprovação cabal
Agoniza, implorando perdão
Tarde demais
Mas penso em ti como a visão
Do claro rio que engana a sede
A nascente fresca e oculta
E não como quem atravessa a ponte
Ao invés de mergulhar no fundo
Caio em disfarce ao me enrolar na rede
Do teu olhar
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