O tímbale do amor

Eu canto alto às tardes da primavera

Colado na parede de uma árvore

Que brotam folhas verdes

E a seiva que mata sede

E para me saciar

Eu canto em bando sem cessar

Como um coral aguçado

Até você chegar

É uma timbalada essa sinfonia

O som das minhas asas

A roçar em meu corpo

Ao final do dia

E se houver o amanhã

Será, pois, breve

E se dissolverá o canto

Como o degelo de uma neve

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 13/10/2022
Reeditado em 23/10/2022
Código do texto: T7626454
Classificação de conteúdo: seguro