O tímbale do amor
Eu canto alto às tardes da primavera
Colado na parede de uma árvore
Que brotam folhas verdes
E a seiva que mata sede
E para me saciar
Eu canto em bando sem cessar
Como um coral aguçado
Até você chegar
É uma timbalada essa sinfonia
O som das minhas asas
A roçar em meu corpo
Ao final do dia
E se houver o amanhã
Será, pois, breve
E se dissolverá o canto
Como o degelo de uma neve