DOCE SENTIR
À beira-mar, assim me encontro.
Observando o vaivém das ondas.
Todos vão e vêm, mas aqui é meu ponto.
Aqui e acolá te procuro. Por onde andas?
Vagueio pelo ar com as gaivotas.
Minh'alma parte. Não sei para onde.
Talvez vá aonde avisto: uma ilhota.
Faz pouso a gaivota. Minh'alma sabe onde.
Co'alma envolta num saudoso sentir,
banha-se o rosto com copioso pranto.
Meu coração, tua presença vem pressentir.
Interrompe, por instantes, amargo quebranto.
Vagando a mente num doce encanto,
segue meu coração se inebriando de ti.
Em nenhum momento, sente algum espanto.
Pois a tua espera estava desde que te viu partir.
Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA)
Inspirado no trecho "Vagando a mente nesse doce encanto", do poema Meditação (Maria Firmino dos Reis)