ASAS DAS NOSTALGIAS

 

Ah! Quando meu coração se alegra
A minh'alma despoja poesia,
Sinto-me pronto para desenhar 
A angustia em papel dourado,
Sem negar o que por dentro ainda queima,
A brasa que o corpo incendeia!

 

Brilha nos olhos um ar de casal apaixonados,
Aquieto-me sob as sombras dos sonhos
Iluminados,
Sem maldizer as horas em desentendimentos,
Riscando o céu de diamantes entre pérolas
E ouro refinado.

 

Não dá para descansar as pálpebras
Sob as asas das nostalgias,
Nem encerrar o amor sem dias 
E despedidas,
O amargo afeto transforma a doçura 
Em companhia,
Os anseios desencantam por fora
Tornando-se em melodias!

 

Traçamos nossos caminhos entre retas
E linhas tortas,
Somos um pergaminho desenrolando
As nossas próprias prosas,
Tudo ás vezes é bela aparência e encantador,
Cosmos infinitos cheios de constelações
Entre mares, ventos e canções!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 10/10/2022
Código do texto: T7624521
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