ASAS DAS NOSTALGIAS
Ah! Quando meu coração se alegra
A minh'alma despoja poesia,
Sinto-me pronto para desenhar
A angustia em papel dourado,
Sem negar o que por dentro ainda queima,
A brasa que o corpo incendeia!
Brilha nos olhos um ar de casal apaixonados,
Aquieto-me sob as sombras dos sonhos
Iluminados,
Sem maldizer as horas em desentendimentos,
Riscando o céu de diamantes entre pérolas
E ouro refinado.
Não dá para descansar as pálpebras
Sob as asas das nostalgias,
Nem encerrar o amor sem dias
E despedidas,
O amargo afeto transforma a doçura
Em companhia,
Os anseios desencantam por fora
Tornando-se em melodias!
Traçamos nossos caminhos entre retas
E linhas tortas,
Somos um pergaminho desenrolando
As nossas próprias prosas,
Tudo ás vezes é bela aparência e encantador,
Cosmos infinitos cheios de constelações
Entre mares, ventos e canções!