Amor

E se eu te perguntasse sobre o amor?

Você me diria que o vê nas flores molhadas de sereno pelas manhãs ou no pôr do sol com o seu manto que colore os céus e as tardes?

Me contaria sobre as canções que contam de amor e sobre os amantes que juram poesia testemunhados pelo brilho embriagante da lua?

Encontraria o amor na ternura de um sorriso que é meu ou na brisa leve que traz cheiro de chuva?

Talvez você me diria que o amor está no caminho mais adiante ou que ficou no começo da estrada, que as pegadas caminham em busca do amor.

Estaria no sussurro do vento quando toca a face ou na lágrima que escorre diante do que se quebrou?

O amor nos faz dançar? Aqueles que se deparam com a linguagem sensível do amor, fogem de medo por não escutar? Será que o amor grita?

Ele está no balanço da antiga gangorra da infância? Ou nas melodias da fala?

Talvez esteja ali na esquina insistindo para que a escrita não mude e tocando a música sem palavras que um dia você cantou pra mim.