Gotas em amor próprio

Gotas regadas em amor próprio, levam-te a caminhos sem direção, apenas sentido pelas carnes que habitam nos corpos entrelaçados. Eis o começo de um amor regado a gotas borbulhantes.

Gotas que germinam em pétalas molhadas, encontram caminhos recheados de desejos corpóreos, presos a sentimentos de paixão inacabada. São gotas crescentes.

Eis as gotas que em gestos, transformam-se em aromas que abastecem os corações regados a vazios existências. Não são gotas, são plantações de amor sobrevivendo em meio ao caos da paixão.

Ontem eram sepulcros de amores românticos, hoje, enterra-se os amores rápidos. Amanhã, os amores entregues por aplicativos serão a finalidade da perfeição.

É, os amores têm dessas peripécias, nascem em becos sem saídas, crescem em pedras rachadas e conseguem morrer em ambientes recheados de amores, mas, sem reciprocidades.

Definem-se assim, os amores próprios que regados em sentimentos próprios, encontram volumes nos olhares sem direção, perpetuados por sintomas de cura num eu perdido nos mares da vida.

Eis assim que encontramos os verdadeiros amores germinados em pétalas de amor.