TORPOR
TORPOR
Quando me embriago,
neste teu sorriso
e no teu afago.
Quando a dose do teu beijo,
me tira o juízo,
me chama o desejo.
Como álcool evapora
sem nenhum delírio,
Dizes que vai embora;
Sem que eu me refaça,
do último suspiro,
você se afasta...
e vai!
deixas vazio meus braços,
meu mundo cai.
Neste torpor
deixei de ser abraços
levaste minha cor.
Deixaste a febre,
bêbada de agonia;
no agora casebre.
E a dor que se inicia,
passa como correm
a noite e o dia.
ofereço aos dias e noites dos amantes solitários, perdidos em seu próprio amor.
Imaculada Catarina