ESTRELA-MOR

Durante o dia vê-se o sol,

Grandiosa estrela da manhã,

Descortinando-se no arrebol,

Em substituto à sua irmã.

Pela manhã escondem-se as luzes,

Que provinham das estrelas,

Encobertas por densos capuzes,

Com esperanças de tornar vê-las.

Ainda cedo sente-se a mornidão

Da esbelta estrela luminosa,

Quão distante sua extensão,

Para imperar de forma majestosa.

Pela tarde mais próximo se torna,

Pois eleva a sua temperatura,

E quando de noite que ele contorna,

Mais se observa a sua frescura.

Durante a noite o céu se enche,

De grandiosos e distantes pontos,

A luz que o azul então preenche,

Mais frágil que do sol os encantos.

Ainda de madrugada vê-se a cor,

Que o conjunto de luz espalha,

Eleva os seres na busca do amor,

Porque ele os ama, não os atrapalha.

1.983