O AMOR QUE NÃO PERDI
Na escuridão da noite
fico a meditar
no silêncio do abandono.
Chega à madrugada,
continuo com a melancólica insônia,
sinto-me no abandono
como um cão sem dono.
Os relógios batem
para me avisar
o passar das horas,
eu na solidão do meu pensamento
sem enxergar
algo que está a me preocupar.
Vejo minha estrela madrinha
convidando-me para passear,
mantenho o pensamento aceso,
alertando-me que não houve despedida,
foi simplesmente uma mera partida,
de um amor que não perdi,
de um amor que está aqui
presente e quente
no cotidiano do viver.
A vida é assim...
o pensamento nos rouba a cena
fazendo-nos pensar em algo
que não existe, trazendo preocupação,
do lindo amor, sorrindo,
nos vitrais da aurora.