O compasso do tempo
O compasso do tempo
Se você vem às quatro
As três eu já estou ansioso
Na expectativa
Na espera de poder revê-lo
Para ouvir a sua voz balbuciar o meu nome
Dos seus olhos penetrando os meus olhos
Da tua face colada em meu rosto
Se você vem às quatro
As três eu já me desespero, por não saber o que vestir o que falar
Eu não sei se sei ou se saberei te receber
A espera me faz lembrar a alegria de poder rever-te
O teu sorriso ensurdecedor acalma o meu espírito o meu corpo
Traz-me a paz que necessito
Me trás felicidade, a felicidade que eu espero
Se você vem às quatro
As três estou me aprontando Estou me vestindo
Estou me despindo
Estou me vestindo
Me dispo e me visto de tantas formas que eu nem sei o que usar ao seu encontro
Se você me diz: hoje eu te vejo, eu já me torno feliz e satisfeito em ouvir a sua voz
Dizendo-me o quão sentiu a minha falta o quanto desejou a minha presença
Ansioso estava ao me encontrar
Feliz estava ao me reaver Se você vem às quatro
As três eu já me encontro de pé na porta esperando...
Um sinal talvez...
Da sua presença magnética do outro lado da rua atravessando para poder me encontrar
As quatro já me derreti de ansiedade de medo de não saber o que lhe dizer
Quando você segura as minhas mãos, segurando-as delicadamente você me cumprimenta:
Olá boa tarde, aqui estou como havia te prometido
Eu sem saber o que dizer em palavras, em minha timidez deveras acanhada, o convido a entrar com meu sorriso desconcertado e tímido
Você ao perceber procura me acalmar com um abraço seguro e amável
Feliz estamos nós por reaver nossa amizade, nosso carinho e amor de tempos longínquos e de esperas tardias
Feliz estamos por esse reencontro tão aguardado que fez com que nossas almas se alegrasse e nossas sombras dançasse ao som de uma valsa silenciosa
Rever-te me tornou feliz porque esse encontro tão aguardado também te fez feliz
Esperamos nós a felicidade, a pureza do amor da alegria de sermos felizes, juntos.
Wagner Butô