ROSA E ESPINHOS
Debrucei a minha cabeça no colo
Da minha amada,
Esqueci que os anos passam sem
As horas atrasadas,
Calei a minha voz para colher os
Teus suspiros,
Queria descobrir que o amor não
É de vidro!
Tantos dias medindo forças sem
Vencerem o que vem de dentro,
Faz de conta que parece ouvir
A voz do meu silêncio,
Uma chama ilumina envolvendo
A intimidade,
Simplesmente é amor, não importa
A idade!
Carinhos não pagam dívidas nem
Ao menos compram as saudades,
Mas quando tocam o profundo
Apagam-se as maldades.
As palavras são cadenciadas
Mergulhadas como peixinhos,
E a alegria da minha amada como
Um navio, um barquinho!
Não para de desbravar o mar
Na calmaria,
É a brisa suavizando o interior
Como ondas pequenas de um rio,
Ciúmes que soprarão bem longe
Dos nossos destinos
Sempre hei de te amar como
Uma rosa cheia de espinhos!