TUA ALMA E TEU PODER
Defrontar-me-ei com o caminho resplandescente,
Quando em ti mesma vens,
Para impregnar o meu corpóreo,
Com a inteireza de seus beijos.
E no calor da manhã,
Desfalecer-me completamente,
No teu colo inocente,
A qual acostumar-me-ei estar.
Somente para ter o ligeiro prazer,
De ver a tua intensidade que não pondera,
Além da vida e de seus inúmeros passos,
Onde os sons de pássaros cantarolando,
Manifestar-se-ia os deslizes que nos campos,
Nos seriam propícias a amar!
Talvez, eu quisesse estar sob a proteção da noite,
Enquanto o meu passado fosse enterrado com os seus mortos,
Para obter o preço da salvação,
Sem a essência da culpa a vir,
A tirar-me o que restaria do meu chão.
Sim, ver-me submerso naquelas ondas da solidão,
É contemplar-te pondo sua cabeça contra o meu peito e,
Eu com meus abraços te oferecendo,
O conforto que necessitas na ocasião.
Assim, deixando o meu coração falar por mim,
Maculando-se os seus próprios traços angelicais,
Onde posso perceber os fios de cabelos molhados,
Amalgamando-se a tua alma e teu poder!
E com tamanha diligência,
Teu cheiro centelhava o lugar,
Aquele que já não era mais meu,
Quando o tempo em si, se perdeu,
Marcando-me ininterruptamente a pele,
Dificultando também, em segundos,
Os meus incalculáveis arquejos.
Poema n.2.919/ n.64 de 2022.
18/09/2022.